quinta-feira, novembro 24, 2005

Eleições Presidenciais

Cavaco perde terreno e compromete vitória à 1ª volta

Cavaco Silva perdeu terreno na corrida para as presidenciais e comprometeu uma vitória à primeira volta, segundo o barómetro Marktest para a TSF e Diário de Notícias (DN), que dá ao ex-primeiro-ministro 44% das intenções de voto.

Segundo o barómetro de Novembro, o número de eleitores que votaria em Cavaco Silva se as eleições fossem hoje baixou quase cinco pontos percentuais, já que aparecia em Outubro com 48,8% das intenções de voto.
A segunda posição nas intenções de voto é ocupada pelo histórico socialista Manuel Alegre, que subiu de 13,8% para com 14,6%, logo seguido do candidato apoiado pelo PS, Mário Soares, com 10,6% (tinha 10,3%).
O candidato presidencial apoiado pelo PCP, Jerónimo de Sousa, ultrapassou Francisco Louça, apoiado pelo Bloco de Esquerda, e consegue agora 5% das intenções de voto.
O número de indecisos subiu dois pontos percentuais (de oito para 10%) e a abstenção também cresceu de quatro para 5%.
Numa hipótese de segunda volta, 48% dos inquiridos acreditam que ela se desenrolará entre Cavaco Silva e Mário Soares, enquanto 41% acha que seria entre o ex-primeiro-ministro e Manuel Alegre.
Os dados indicam ainda que, numa segunda volta, Cavaco Silva consegue 65% das intenções de voto, Mário Soares 13% e Manuel Alegre 8%.

Diário Digital / Lusa

quarta-feira, novembro 23, 2005

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sexta-feira, novembro 18, 2005

Visões

"Há fortíssimos problemas de identidade e posicionamento na candidatura de Mário Soares. Só não vê quem não quer ou quem não pode. Primeiro, Soares devia explicar às pessoas porque é que alguém que já foi Presidente da República o quer ser outra vez. Esta é uma pergunta que anda nas ruas e Soares não a consegue resolver. Segundo, Soares começou esta pré- -campanha agitando o fantasma da ameaça de Cavaco Silva para a estabilidade do regime. Mais uma vez, há aqui um problema de identidade, porque Soares não só ignora que Cavaco não é um político subversivo como se esqueceu de uma entrevista sua à TSF, em Maio de 2003, em que reconheceu o "peso político" de uma candidatura de Cavaco, sem ter dito nada então sobre essa ameaça. Terceiro, Soares tem um problema de tom. As suas alusões ao candidato "complexado" ou ao "boletim clínico" mostram a dificuldade em encontrar o tom certo para uma campanha mais positiva que pudesse mobilizar os eleitores. Quarto, Soares tem Alegre e Alegre não desapareceu de cena. Por mais que Soares queira bipolarizar estas eleições, as sondagens não reflectem essa bipolarização. Alegre evitou atacar de chofre Cavaco, admitiu que a eleição deste não seria nenhum golpe de Estado, o que o coloca numa posição menos negativa e mais próxima de um eleitorado com "causas". Quinto, há um problema de identidade no discurso ideológico. Nos últimos anos, Soares foi-se encostando tanto à esquerda, na política externa, na reacção à globalização, na defesa do "modelo social" que, ao avançar agora com um candidatura presidencial, tem o problema de não saber o que fazer a todo aquele discurso. Não é por acaso que o seu manifesto eleitoral buscou uma moderação e um recentramento ideológico, muito claro por exemplo nas suas referências completamente novas a um Estado social adequado ao desenvolvimento económico de Portugal. Isto é um Soares que não existia há um ano, que foi criado agora à pressa para um campanha eleitoral em que ele está de facto notoriamente com a identidade perdida."


Por: Dr. Pedro Lomba (agora mestre)

Politicos

"ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto politico, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos politicos. Politica de acaso, politica de compadrio, politica de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"


Eça de Queiroz, 1867 in "O distrito de Évora"



PS: Não é por acaso que reproduzo aqui esta passagem de Eça de Queiroz, é porque é completamente adaptável aos nossos dias

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quinta-feira, novembro 17, 2005

OE 2006

António Borges: OE para 2006 tem «aspectos positivos»

O economista social-democrata António Borges considerou quarta-feira à noite que o Orçamento de Estado (OE) para 2006 do Governo PS tem «aspectos positivos», mas «não modifica a política económica fundamental», recusando comentar a sua rejeição pelo PSD.

«Se votaria a favor ou contra, não entro nessa polémica que é interna do PSD, por razões óbvias», afirmou Borges, que no último Congresso dos sociais-democratas apresentou uma moção de estratégia (a segunda mais votada, a seguir à de Marques Mendes).
António Borges, que foi um dos oradores de uma conferência sobre «A Direita e a Economia», organizada pelas «Noites à Direita. Projecto liberal», recusou desta forma juntar-se à voz da ex-ministra das Finanças do PSD Manuela Ferreira Leite, que afirmou segunda-feira que, se estivesse no Parlamento, ter-se-ia abstido na votação da proposta orçamental do executivo.
Pelo lado positivo, Borges destacou no OE a aposta na redução do défice e da despesa pública, mas disse duvidar do cumprimento da proposta.
«A grande crítica que faço a este Orçamento é que vai ser muito difícil de cumprir porque é excessivamente optimista e não contém medidas concretas que permitam executá-lo», afirmou o ex-governador do Banco de Portugal, respondendo a uma pergunta da assistência.
Borges lamentou, contudo, que o Governo PS mantenha o que considera ser «o erro gravíssimo» da política económica portuguesa: «favorece o sector que está protegido da concorrência e não ajuda o sector que é competitivo com o estrangeiro».
«Para se apostar na inovação e na mudança tem de se desistir de apoiar o que existe hoje (...) Isto implica necessariamente que há alguém que fica para trás», defendeu Borges, considerando que esta é «uma das principais clivagens entre direita e esquerda» em matéria económica.
O economista respondeu ainda a um repto da plateia sobre os poderes do Presidente da República, afirmando que o chefe de Estado deve ser sobretudo «um educador».
«Deve saber passar as mensagens que interessam, deve fazer subir o nível de exigência, mas não deve intervir, não deve governar», defendeu.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Marcelo Rebelo de Sousa

Disse sobre Manuel Alegre o seguinte:

(…)
Mas Alegre teve um lançamento que superou a minha expectativa. Tem vindo a superar a minha expectativa. Primeiro, porque pega na questão de pátria, que normalmente é associada à direita as bandeiras, o hino nacional, a ideia do civismo, a moral - "como é que, pronunciados judicialmente, há políticos que podem ser candidatos?" -, a ideia da supremacia do poder político sobre os poderes económico e mediático, a defesa da escola pública, a defesa da segurança social pública. E depois apareceu com uma ideia, que Jerónimo atacou, que é a ideia dos pactos. Mas esta é uma ideia que, neste caso, funciona à esquerda. (...) Acho que Alegre está a fazer bem o seu papel, que é o de rebelde, o independente que atravessa os vários partidos e que tira proveito disso...
(…)

Presidenciais V

Manuel Alegre foi o mais visto pelos telespectadores que têm assistido às entrevistas da TVI aos candidatos à Presidência da República e transmitidas no ‘Jornal Nacional’, entre os dias 2 e 7 deste mês, todas elas conduzidas pela editora de política do canal, Constança Cunha e Sá. O facto de ser guia do campeonato permite ao poeta socialista afirmar a sua felicidade.

“Fico contente, mas não vou deitar foguetes. É um sinal. É um bom indicador”, reconheceu ao CM.

Mário Soares, último da tabela, tem, porém, razões de queixa. No dia em que foi entrevistado, o antigo Presidente da República tinha um adversário de respeito num canal da concorrência. Dito por outras palavras: a SIC, no ‘Jornal da Noite’, entrevistava em exclusivo a colombiana Shakira.

O comunista Jerónimo de Sousa é o segundo da tabela, seguido de Francisco Louçã.

Na próxima semana ficaremos a saber se Cavaco Silva será capaz de chegar ao topo. Fonte da candidatura admite que sim, considerando que “muitas pessoas estão a contactar as Relações Públicas da TVI para saber quando é que se realiza a entrevista”.

Presidenciais IV

Cavaco disse:

«Aceitarei debates a dois com todos os candidatos, é preciso haver alguma dignidade e elevação, está em causa a eleição do mais alto magistrado da nação»

Assim vão as Presidenciais 2006

O verdadeiro choque informático?

terça-feira, novembro 08, 2005

Uma grande VERDADE

Alegre acusa Soares de nunca ter promovido renovação (act.)

O candidato presidencial Manuel Alegre acusou na segunda-feira o seu adversário na corrida a Belém Mário Soares de nunca ter contribuído para promover a renovação dos protagonistas políticos porque «gosta de estar sempre lá», no palco político.

«Mário Soares deveria ser um encorajador da renovação da vida política, eu disse-lhe isso várias vezes. Ele tinha a obrigação, sendo um republicano, de o fazer. Mas acho que nunca fez nada nesse sentido», declarou Manuel Alegre, em entrevista à TVI.
«O dr.Mário Soares gosta de estar sempre lá», acrescentou o dirigente do PS, numa entrevista em directo no Jornal Nacional daquela estação televisiva, conduzida pela jornalista Constança Cunha e Sá, que durou cerca de 45 minutos.
Manuel Alegre considerou que todos, incluindo os socialistas que não se quiseram candidatar às presidenciais de 2006, têm responsabilidades pela ausência de renovação da classe política, mas que Mário Soares é particularmente responsável.
A entrevista centrou-se nas suas relações com Mário Soares e o PS e na sua decisão de se candidatar a Belém, tendo Manuel Alegre assegurado que o ex-Presidente da República e fundador do partido não é o seu adversário.
No entanto, em seguida, Alegre disse que «não é um crime de lesa-majestade uma pessoa ousar candidatar-se e derrotar o dr. Mário Soares», ao sustentar que veio «estragar a festa» de quem pretendia que estas presidenciais fossem um frente-a-frente entre Soares e Cavaco Silva.
Manuel Alegre recusou falar em «traição» de Mário Soares em relação a si, revelou que a candidatura presidencial do fundador do PS não o surpreendeu e que só teve vontade de ser também candidato semanas depois, «de um momento para o outro».
«Só senti verdadeiramente vontade, impulso e alegria de me candidatar depois de o PS se ter pronunciado a favor do apoio à candidatura de Mário Soares», afirmou, adiantando que quando o partido o sondou sobre essa possibilidade estava hesitante.
«Estávamos à espera uns dos outros, porque eu nunca tinha decidido candidatar-me. Houve conversas, porque ninguém se queria candidatar. Eu não tinha esse problema resolvido dentro de mim, não tinha aquele impulso», explicou.
O dirigente socialista salientou que falou «várias vezes, a dois e com várias pessoas presentes», com o secretário-geral do PS, José Sócrates, mas que nunca houve «um acordo formal» sobre as presidenciais.
«A certa altura ele tinha isso resolvido em relação a mim mais do que eu», afirmou, acrescentando que, mais tarde, os «muitos apoios» que recebeu o levaram a ter «vontade» de ser candidato.
Sobre a atitude de Mário Soares para consigo, Alegre disse que este «nunca teve nenhuma palavra» a informá-lo da intenção de ser candidato, mas recusou falar em «traição».
«Eu nunca disse essa palavra, é uma palavra muito carregada. Traição é uma coisa terrível», declarou.
Alegre disse depois que se tivesse sido candidato com o apoio do PS «não seria com a mesma alegria, apesar de evidentemente ser preferível do ponto de vista prático ter um aparelho partidário por trás», considerando «muito mais bonito ter uma rede de cidadãos e de cidadãs» a apoiá-lo.
Sobre Cavaco Silva, o vice-presidente da Assembleia da República sustentou que este tem «mais vocação de governante» e que, se (Cavaco) for eleito Presidente da República, terá a tentação de «tentar governar».
O dirigente socialista referiu-se ao candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP também como «um homem crispado e que tende a crispar a vida política».
Disse ainda que Cavaco Silva é «muito convencido de que os problemas são só técnicos, tecnocratas, só de finanças».
«Não quer dizer que ele vá ser um ditador, que vá destruir a democracia», ressalvou, contudo, Manuel Alegre, considerando que os candidatos a Belém «são todos democratas».
«Não ganhamos nada em diabolizar os outros. Acho que as coisas mudaram e que as pessoas se cansaram dessa diabolização», observou, numa demarcação de Mário Soares.
Questionado sobre o Orçamento do Estado para 2006, Alegre adiou para sexta-feira, dia da votação na generalidade, a revelação do seu sentido de voto, mas considerou que a proposta do Governo «tem aspectos positivos».
Quanto à utilização da palavra «pátria» e dos símbolos nacionais na sua campanha, o dirigente do PS enalteceu esse «sentimento de pertença», defendendo que este «não é um exclusivo da direita».
«O dr. Cunhal dizia muitas vezes a palavra pátria. No sentido patriótico, é um bom exemplo», apontou.
Diário Digital / Lusa

quarta-feira, novembro 02, 2005

Manuel Alegre III

Aqui se transcreve o artigo de opinião publicado do DN

"Por uma campanha alegre A luta contra Cavaco não pode ser vista como a luta contra o regresso do fascismo. Mas as suas louvadas características, a serem verdadeiras, prendem-se com as funções de primeiro--ministro - e para o que conta, a Presidência da República, Cavaco não tem o perfil adequado"

Manuel Alberto Valente

"Nasci numa família de esquerda, uma família da pequena burguesia para quem Salazar encarnava todos os males da pátria. O meu avô paterno tinha sido carbonário e maçon, o materno ouvia diariamente a BBC como quem ouve a palavra de Deus. Um era republicano e ateu, o outro um liberal no sentido de que amava acima de tudo a liberdade. Cresci de esquerda e sempre achei que, com todos os defeitos que pudesse ter, a esquerda era sempre melhor do que a melhor direita. Daí que, tendo percebido, aquando do discurso de Viseu, que Manuel Alegre se retirava da corrida presidencial, me tenha disposto a apoiar o único candidato da área da esquerda com possibilidades de fazer frente a Cavaco Silva; estive por isso na apresentação da candidatura de Mário Soares, convencido de que, nessas circunstâncias, era a escolha que restava para uma batalha incerta - não me impressionava a questão da idade, nem o regresso "monárquico" às cadeiras do supremo poder. Soares é um património incontornável da democracia portuguesa e, se estava disposto a avançar, o "povo de esquerda" avançaria todo com ele.Percebi depois, no real, que este todo era muito relativo. À minha volta multiplicavam-se dia a dia as vozes daqueles que se recusavam a votar Soares, que ameaçavam aumentar o exército potencial da abstenção ou do voto em branco, que quase já branqueavam o passado de Cavaco para aceitarem a inevitabilidade da sua eleição como presidente da República. E por isso, quando em Águeda Manuel Alegre deu o passo em frente, senti que começara uma nova batalha e que o meu lugar era afinal aí.Que Manuel Alegre tenha clarificado em Águeda o que parecia mais ambíguo em Viseu é um pormenor que só interessa a analistas de segunda escolha. Em política, cada momento gera as suas próprias regras e nenhum político pode a priori conhecê-las. Alegre, abandonado pelo aparelho, não quis, num primeiro momento, provocar uma divisão no seio do PS; mas a realidade veio mostrar-lhe que a divisão já existia, que grande parte do eleitorado PS não votaria Soares e que portanto, em nome do PS e para bem do PS e da esquerda, a sua candidatura era imprescindível ao combate político e à afirmação plena da democracia participativa.Por isso estou com ele. E estar com ele não significa estar contra Mário Soares, mas sim defender uma candidatura alternativa, que abre espaço ao centro e à esquerda, que evita os efeitos abstencionistas da bipolarização, que mobiliza a juventude. Sem Alegre, Cavaco podia ganhar à primeira volta; com Alegre, ao que tudo indica, as coisas não serão tão lineares.A recente sondagem da TVI, anunciada em dia de eleições autárquicas, indicia que Manuel Alegre é quem está mais bem colocado para obrigar Cavaco a uma segunda volta. Daí que todos aqueles que não querem Cavaco como presidente devam agora pensar seriamente como utilizar eficazmente o seu voto. Diga-se - porque é importante dizê-lo - que a luta contra Cavaco não pode ser entendida, nem anunciada, como uma luta contra o regresso do fascismo. O que atrai grande parte do eleitorado para Cavaco é uma certa ideia de disciplina, de domínio da área económica, de capacidade para aglutinar os descontentes da actual situação política. É preciso explicar que essas características, a serem verdadeiras, se prendem com as funções de primeiro-ministro - e que, para o que conta, a Presidência da República, Cavaco não tem o perfil adequado.Manuel Alegre, pelo contrário, tem perfil a postura de um chefe de Estado, uma obra que faz dele um dos grandes intelectuais portugueses do seu tempo, patriotismo indefectível, uma integridade moral a toda a prova, prestígio internacional como escritor e resistente. Ele é, e sempre foi, um homem de esquerda. E por isso a esquerda, toda a esquerda, deve apoiá-lo. Na certeza de que, à direita e ao centro, também muitos verão nele, mais do que em Cavaco, o homem que pode, em Belém, ser o rosto de uma Pátria à procura de novas Descobertas. Para que chegue, como dizia Sophia de Mello Breyner, "o dia inicial inteiro e limpo". "

Manuel Alegre II



"É preciso mobilizar a juventude para as suas próprias causas", aí está o mote para a grande campanha que aí vem

Noticías

Aqui se transcreve a noticia do Público:

"Proposta vai ser feita ao grupo parlamentar do PSDJSD defende suspensão de julgamentos por aborto 01.11.2005 - 19h32

A Juventude Social-Democrata (JSD) anunciou hoje que vai propor ao grupo parlamentar do PSD que apresente um projecto de lei para suspender os processos judiciais contra as mulheres que optaram pela interrupção voluntária da gravidez.
"Defendemos que a Assembleia da República deverá pronunciar-se, de forma inequívoca e imediata, pela suspensão de processos de criminalização, entenda-se julgamento em tribunal, de mulheres que tenham optado pela interrupção voluntária da gravidez", refere a comissão política da JSD, em comunicado.Em declarações à Lusa, o presidente da JSD, Daniel Fangueiro, adiantou que a estrutura vai apresentar essa proposta ao grupo parlamentar do PSD.No comunicado, a comissão política da JSD afirmou que vai realizar uma "campanha nacional de esclarecimento" sobre as várias propostas dos partidos políticos portugueses em relação à despenalização da interrupção voluntária da gravidez.Miguel Fangueiro disse que a posição oficial da JSD "é favorável" à despenalização da interrupção voluntária da gravidez, mas só depois da realização de um referendo.A JSD criticou ainda a Juventude Socialista (JS) por ter admitido a possibilidade de votar favoravelmente qualquer iniciativa legislativa para despenalizar a interrupção voluntária da gravidez, depois de o Tribunal Constitucional ter decidido que um novo referendo só poderá realizar-se na próxima sessão legislativa - a partir de Setembro do próximo ano."A falta de coragem política, aliada a um profundo desconhecimento e desrespeito por esta matéria, e subserviência ao Partido Socialista, faz com que a JS, que tem representatividade parlamentar, seja incapaz de apresentar por si uma proposta de lei à Assembleia da República", adianta ainda o comunicado da JSD."